Aos pregadores do “eu”


Imagem relacionadaPor favor, parem!
Vocês não podem ser o foco. Tudo deve convergir em Jesus. Nós, como cristãos e igreja, temos fome e sede de aprender sobre quem nos criou, não sobre vocês.


Do fundo do coração, peço que parem de falar sobre onde foram chamados para pregar, sobre a personalidade que os convidou, sobre suas agendas lotadas, sobre como acham que os lugares mudaram quando passaram por lá, sobre quantos se converteram quando vocês pregaram, sobre as viagens que fizeram para levar a palavra, sobre os milagres que executaram. Por favor, chega disso nos púlpitos!

Pregadores, mestres, pastores: voltem à raiz. Chega de palavras vazias. Não queremos ouvir sobre como sua família é hollywoodiana, sobre há quanto tempo exercem seu ministério, sobre os grandes planos que têm para "sua" igreja. Voltem ao fundamento. Queremos mais de Jesus. Suas vidas devem ser vistas, não faladas. Deixem que nós observemos enquanto vocês cumprem seu papel de transmitir a verdade bíblica e não pessoal.

Chega de achismos. Chega de “eu penso assim”. Deem-nos a base do seu pensamento. Nós podemos compreender a palavra tanto quanto vocês. Ninguém é total detentor dela. Estimulem-nos a discordar, a questionar e a ir cada vez mais a fundo e não a ficarmos confortáveis no superficial para, assim, concordarmos com tudo o que dizem. Tanto nós quanto vocês seremos cobrados por isso. Invistam em nós. Ensinem-nos. Façam-nos interessados em saber cada vez mais. Precisamos disso. A igreja de Cristo precisa disso. Não nos subestimem.

Nossos púlpitos não são lugar para sarar o ego de ninguém. Nem o de vocês, nem o nosso. Podem exigir de nós. Eu peço, por favor, não nos deixem ficar mornos. Digam que precisamos mudar de vida. Mostrem-nos biblicamente como age um verdadeiro cristão. Digam-nos que só sentar em um banco de igreja não é suficiente. Deem-nos motivos para dizimar com alegria e não com desconfiança. Confrontem-nos até reconhecermos que erramos. Oriente-nos a perdoar e sermos perdoados. Não nos digam que basta “seguir em frente”. Direcione-nos a preencher as lacunas que deixamos para trás.

Entendam, por obséquio, que pregações não devem tratar de assuntos pessoais. Se tiverem algo a dizer a alguém, diga-o pessoalmente, olhando nos olhos, no mesmo nível. Deem-nos esse exemplo de honradez. Façam valer a responsabilidade que o Senhor os deu. Honrem-a, valorizem-a, exerçam-a da forma correta, consagrem-a a ele fazendo por ele e para ele. Não se coloque no meio disso. Repito: não se trata de você.

Peço ao Senhor que cure nossos púlpitos. Que a igreja volte a ansiar pela palavra verdadeira. Por um levantar de verdadeiros propagadores da verdadeira palavra. Rejeitemos a mensagem massageadora do antropocentrismo. Escutemos e conheçamos mais sobre Deus, e não sobre quem prega.
Misericórdia de nós, Pai.


Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo,
De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;
Efésios 1:9,10


Taínny Galvão


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